Meu interesse atual de pesquisa tem como ponto de partida um sítio de observação de macacos-prego localizado no município de Gilbués (PI). Neste local, moradores humanos convivem com (e alguns trabalham para) pesquisadoras da Universidade de São Paulo que estudam tais macacos, sendo esta uma colaboração que já dura há duas décadas. Assim, o objetivo desta pesquisa é de investigar as relações tecidas pelas primatólogas, pelos sertanejos, e pelos macacos-prego, por meio de uma observação participante. Busco entender sobre uma primatologia dos moradores locais, procurando alargar e enriquecer o que se pensa da própria primatologia "oficial" e da produção de saberes científicos. Logo, a atenção às práticas de conhecimento, de conservação e de criação desses coletivos humanos e não-humanos é fundamental para seguir suas histórias.