Resumo: Neste artigo analiso a constituição da casa e da rua como espaços de violação e supressão das existências de pessoas LGBTQIAP+. As experiências constitutivas desses lugares derivam das memórias das pessoas que habitam e moram na Casa 1, uma casa de acolhimento e um centro cultural, situado na cidade de São Paulo. Por meio das lembranças dessas pessoas, mostrarei, em primeiro lugar, como a casa da família é um lugar onde seus desejos e subjetividades são violentados diariamente, produzindo uma experiência comum do insuportável e do irrespirável. Num segundo momento, demonstrarei como a rua, após o processo de expulsão da casa da família, transforma-se num espaço de perigo e de risco para a vida dessas pessoas LGBTQIAP+, criando outra experiência compartilhadas entre elas. Dessa forma, argumento, por fim, que a família se transforma em um agente destrutivo e de risco para a vida de seus filhos e filhas LGBTQIAP+.
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