
Resumo: Neste texto, trato da pesquisa iniciada com famílias negras oriundas de antigos moradores de fazendas no município de Floresta (PE). Embora demandem o reconhecimento como quilombolas à Fundação Cultural Palmares desde 2010, tendo para isso criado diferentes associações comunitárias, o grupo não reivindica a titulação de terras pelo Estado brasileiro, direito garantido pela Constituição Federal de 1988. Supus que essa peculiaridade – a reivindicação da identidade quilombola, o que os habilita a políticas públicas, não acompanhada da demanda por titulação de um território de uso comum – se relaciona a um regime fundiário específico desse sertão. O passado ainda presente da condição de morador parece comprometer de várias maneiras a articulação em movimento e demandas territoriais dessas pessoas. Em formato “mensagem na garrafa”, o texto foi submetido à discussão no âmbito do Projeto Temático Métis e incorpora parte das reações dos participantes.
Palavras-chave: Comunidades quilombolas; relações de morada; políticas públicas
Edição: Classificados Métis, vol. 1 | 2024