
O projeto pretende analisar as memórias familiares de grupos negros e quilombolas de duas regiões de Minas Gerais, explorando como no processo de criação dos filhos o parentesco é ensinado e como ele compõe as principais formas de interpretação das características e habilidades dos seus componentes. Tendo como referência a discussão sobre “mapas mnemônicos de socialidade”, proposta por Marques (2013), bem como a produção recente sobre conhecimento e processos de familiarização - Comerford (2003), Villela (2009), Carneiro (2010), Marques e Leal (2018), dentre outros - me interessa compreender e comparar como a criação dos filhos mobilizam práticas mnemônicas que atualizam virtualmente o parentesco, promovendo relações de proximidade e distanciamento que se tornam a tônica da composição desses grupos.